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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Amanhã


Prometi a mim mesma que postaria sobre cada experiência dessa etapa da minha vida aqui e espero (de coração) que tenha pique suficiente para tal. 

Amanhã pela manhã já ficarei o dia todo (das 7:00 às 19:00) no hospital participando daqueles acolhimentos da empresa. Terei contato maior com o pessoal do RH e também outros colaboradores que darão entrada neste dia. 

Estou mais tranquila agora quanto a esse início. Agora. 
A noite retrasada eu quase não dormi pensando em como seria essa estreia. De qualquer forma, depois do susto a gente começa a raciocinar melhor e entender as coisas. Eles sabem que estão contratando uma profissional sem qualquer experiência na área e, acredito eu, que terei um acompanhamento mais próximo de uma colega da área para me relembrar algumas técnicas, e aprender outras que não vi devido ao pouco tempo que a faculdade oferece para essas coisas. Vamos aguardar!

Então "pau no burro" e até amanhã. (:

sábado, 8 de agosto de 2015

Novo início

E finalmente, depois de tantos anos (menos!!) consegui um computador em casa e decente o bastante para que eu consiga enxergar o que escrevo rs. Estava sentindo falta de compartilhar com o mundo o que eu sinto e que não consigo expressar para com as outras pessoas a minha volta. Nestes 2 anos que estive fora do ar aconteceram tantas coisas... Reli os posts anteriores e em cada um eu pude ter a memória do momento que estava passando e como a minha cabeça continua confusa e insegura com as coisas da vida. Triste isso...

Mas o que importa é que daqui pra frente eu vou tentar sempre atualizar esse diário e com certeza uma boa parte desses sentimentos corriqueiros irá desaparecer. Escrever para mim é uma terapia enorme, deve ser coisa de gente fechada (e doida!).

Na próxima semana darei início (finalmente) a minha carreira de ENFERMEIRA. Nunca comentei nada aqui relativo à essa minha outra vida pois nunca tive nada importante a falar. Pois bem, consegui ser selecionada em um processo seletivo de um hospital filantrópico aqui da minha cidade e ainda estou assustada com essa mudança de vida. O processo todo (entrega de currículo - expectativa - convite para entrevista - teste psicológico do inferno - realização de exames) durou 5 dias! CINCO DIAS! Eu não tava preparada pra isso, gente! Imagina a minha cabeça como está agora... Eu era uma jovem pacata, desempregada, ainda imaginando o que fazer da vida pois já havia desistido de assumir a minha profissão - aqui no meu estado as vagas para o time dos "sem experiência" são mínimas e geralmente só surgem com um Q.I sinistro - quando de repente esse BOOM aparece e eu agora serei enfermeira no setor de AVC deste hospital. Ah, o hospital é referência neste tipo de atendimento...
Eu tô pirando, brother.. Nem me recordo mais alguma técnicas, regras, cuidados específicos, medicamos e suas ações/reações, enfim, tem um MUNDO de coisas que eu não me recordo mais e por isso estou tão aflita. Concluí a minha pós-graduação em UTI e UCO agora em abril. E sinceramente, não consegui absorver muito dela pois a falta da vivência e da prática hospitalar nos impedem de aplicar a maioria dos assuntos ensinados na pós-graduação. E mesmo assim, tendo visto uma revisão da graduação ainda continuo com medo e ansiosa.Na próxima quinta-feira será a entrega dos documentos e as "boas vindas" do hospital. Terei contato com o RH e também com a enfermeira da Educação Continuada. Vamos ver...

Acredito eu que o medo, de certa forma, seja bom. O ser humano precisa do medo para evoluir e se amadurecer diante de certas situações. E agora escrevendo e refletindo comigo mesma creio que não é o medo de assumir este cargo que me aflige. Tenho certeza que Deus colocou esta vaga para mim porque sabe que darei conta do recado. Ele é perfeito em tudo o que faz e sabe de todas as coisas e eu tenho muita fé nisto. A questão em si é: "E se não der certo, Karen? O que você irá fazer?". Ahhhh, o bendito "E se?". Essas duas palavras torturam a qualquer um que esteja inseguro. Como disse, eu já estava desistindo desta área. Seria frustrante saber que você é a única da sua turma que não conseguiu se dar bem na vida ainda. Seria frustrante ver seus pais e familiares (que sempre apostaram em você) ver que a filha não é lá grandes coisas e que no fim, ela será uma pessoa pacata e insossa por aí.

Até quinta-feira eu vou provavelmente desabafar muito por aqui.. Não há muito com quem conversar sobre essas coisas redundantes. Amanhã é dia de conversar com Deus. Espero que ele acalme este coraçãozinho aflito e me mostre que não há o que temer!

Beijinhos.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Empírico

As pessoas em geral tendem a criticar umas as outras de maneira inconsequente. Criticam atitudes alheias com uma facilidade enorme. Aquela velha história: "Quem de vocês não tiver pecado, atire a primeira pedra". Digo isso, porque eu mesma já critiquei pessoas a minha volta, ou não, sobre suas atitudes tomadas. Também fui (e sou) criticada pelas minhas atitudes muitas vezes equivocadas. Eu erro. Todo mundo erra.

Uma coisa que a vida me ensinou, mesmo que muito cedo, e tentar me colocar no lugar do outro. Na verdade, essa postagem só tem um significado para mim: "reprojetar". Estou ao longo desses 3 anos sem aparecer por aqui me "reprojetando" a cada dia que passa. Corrigindo falhas, criando novas formas de lidar com esse mundão afora. Um dia eu espero conseguir. E espero que esse dia chegue logo. Me cansei de métodos empíricos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Rocha Viva

Havia 3 meses que ela não falara com Diego, nem se quer sabera notícias dele. Na verdade, desde o acontecido, Livia não falaria a com ninguém, a não ser com um amigo imaginário que havia criado para si. Sozinha, em seu quarto, Livia passara esses tempos trancada de tudo e de todos. Não conseguira voltar ao normal depois de tanto tempo sofrendo. Tentara, mas não conseguira nada de bom. Muito pelo contrário, parecia que a cada passo a frente, Livia dara 5 para trás. O choque havia sido demais para ela. Demais... Deitada, na sua cama macia de lençóis brancos, ela ficava a tarde inteira tentando apagar da memória aquela cena que a tanto maltratava. Não queria mais lembrar de nada, de ninguém. Não queria mais lembrar do cheiro dele em suas roupas, do tom de voz do seu sussuro em seu ouvido. Não queria mais sentir nada daquilo. Queria poder morrer de alma apenas, não de corpo de alma. Queria viver, porém, ser morta por dentro. Mandou sua mãe lavar todas suas roupas afim de apagar o cheiro do perfume de Diego. Assim como todos os lençóis foram mandados a lavanderia. Seu mural vermelho, com dezenas de fotos de amigos, dele, recordações, estava vazio agora. Ela havia queimado todos os tipos de recordações da sua vida com ele, ou com qualquer um que lhe desse a mínima lembrança dele. Livia havia emagrecido 7 quilos desde o fato. Bebia água por conta dos remédios que tomava depois que foi ao médico. Comia sob pressão de sua mãe, Leila, a qual poderia ser considerada uma heroína para sua filha. A salvou de um desastre.
Certa tarde, todos da casa sairam. Livia, acabara de tomar seu banho. Colocou sua roupa mais básica: short jeans e blusa branca. Deitou em posição fetal na sua cama, abraçada com seu travesseiro e ali começara mais um término de tarde. Como todos os outros desde aquela tarde.

Lívia tinha aulas pela manhã na faculdade. Cursava Farmácia. A tarde, ela trabalhava em uma farmácia próxima a uma praça que, ironicamente, era também próxima a casa de seu ex. Acabara de tirar sua tão sonhada carteira de habilitação e de presente, sua mãe lhe deu um carro velho para que ela começasse a ter a sua vida. Tudo em sua vida parecia perfeito.
Naquele dia, Livia foi dispensada do trabalho pois seu chefe perdera a mãe, por isso, a famácia não abriria. Não sabendo do acontecido com antecedência, ela resolveu fazer uma surpresa a seu namorado, como qualquer outra jovem faria naquela ocasião. Livia não era tão chegada a seu chefe mesmo, só estara ali a pouco tempo.
Atravessou a praça com seu fusca azul piscina. Parou o carro em frente ao prédio de Diego e como possui as chaves da porta do prédio, não haveria necessidade de tocar a campainha. Queria que a surpresa fosse mesmo surpresa. Subiu as escadas. Eram 3 andares até o apartamento de Diego, que não morava sozinho. Morava com sua avó e seu irmão. Sua mãe morava em outro estado e havia perdido seu pai a alguns bons anos. Ainda empolgada, com o coração acelerado de ansiedade, Livia foi tomada por uma sensação horrível. Sentiu que estava fazendo algo errado. Sentiu medo. Próximo ao andar de Diego, ouvira um silência anormal. Pensara que ele poderia não estar em casa. Olhou o relógio e eram 14 horas. Diego nunca saira de casa antes de dormir um pouco após o almoço. Chegou na porta, mas não tocou a campainha imediatamente. Pegou na bolsa um espelho, ajeitou seus cabelos curtos e pretos. Queria estar perfeita para ele.
Quase que como um sinal, quando Livia fora apertar o botão, ouviu algo quebrando na casa de Diego. Algo que parecia vidro. Logo após ouviu gritos. Gritos de mulher. Mas, eram gritos diferentes. Não eram gritos de alguém que se machucara. Eram gritos que ela nunca gostaria de ouvir naquele momento.




Toda a sua vontade, todo o seu calor natural parecia que havia desaparecido. Livia havia se tornado uma rocha. Uma rocha viva. Ali, sentada ao pé da porta, ela ficou durante 1 hora. Fora fria o bastante para esperar que tudo o que tivesse que ouvir, fosse ouvido. Fria o bastante para conseguir entrar logo em seguida porta a dentro.
Levantou, e apertou a campainha uma única vez. Dava para ouvir vozes cochichando algo lá dentro. Logo após outro silêncio e uma sequência de passos fortes. Era ele.
Diego abrira a porta vestido apenas de uma samba canção que ela havia lhe dado de Natal. Quase que juntos, ambos se olharam nos olhos. Livia, sem se quer demostrar alguma reação, ficou parada. Diego,imediatamente, fechou a porta, como que em um ato de desespero. Livia respirou fundo e entrou no apartamento. Tirou os sapatos calmamente, colocou sua bolsa emcima da mesa de vidro da sala e, interrompendo alguma fala de Diego, entrou em seu quarto.
Lá estava ela. Era gostosa, pelo menos. Loira, estatura mediana, pernas grossas, quadris largos. Brasileira. A tal "pirainha" ameaçou a dizer algo, enquanto tentava se vestir, mas demorou demais. Livia, muda, pegou todas as roupas de baixo da moçoila e tacou pela janela. Não importou se aquilo alguma hora iria voltar contra ela. Apenas jogou e mandou de maneira bem baixa, a senhorita se retirar do apartamento. A garota saiu, se despedindo de Diego com um selinho. Diegou a afastou, como se aquilo fosse resolver alguma coisa naquele momento.
Enfim sós. Ele fechara a porta, passando a chave. Conhecia bem Livia e sabia que ela não faria nada contra ele em uma situação dessas. Depois de alguns instantes, ambos em silêncio, Livia senta ao chão e chora. Chora profundamente. Ela acabara de perder toda sua esperança de vida. De felicidade. Havia entregado sua alegria toda nas mãos de alguém. Aquele choro significara várias coisas, sentimentos. Livia queria morrer de tanto desgosto que sentia naquele momento. Como pudera deixar alguém fazer aquilo com a sua vida? Como entregara sua vida assim, tão facilmente? Livia queria morrer de verdade.
Ela pediu que Diego se vestisse, sem deixar que ele dissesse qualquer coisa. Abriu a porta do apartamento e lhe avisou que o esperava lá embaixo, dentro do carro. Ela não queria estar naquele lugar, sentindo o cheiro de outra onde deveria apenas ter o seu cheiro.
No carro, ela pedira explicações, mas tudo o que ele dissera não fazia menor sentido. Mentiras, e mais mentiras. Livia se cansou e abandonou Diego na beira de uma estrada qualquer. Também não se importara nem um pouco se aquilo a prejudicaria algum dia. E assim, ela foi para casa. Sem ao menos conseguir expressar alguem raiva, alguma reação natural nessa situação. Tera vontade, mas a sensação de perda de chão era maior e não a deixara fazer nada. Sentimento esse que a domina desde esse dia.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sol

Não sinto mais a ponta do meu nariz de tão gelado que ele está. Minhas extremidades estão roxas e vivem "adormecidas". Não tenho mais meu sol por perto pra me aquecer.. Pra me deixar corfortável. Perdi com ele a razão para enfrentar esse frio inesperado que está agora aqui em casa. Poderia me esconder embaixo de pilhas de cobertas, mas de nada adiantaria pois morreria ali sem poder sair. Sem poder sentir o calor do meu sol novamente.

Preciso dele para me manter quente. Para me manter viva. Com ele eu posso sair nas ruas arborizadas e iluminadas pelas luzes amarelas dos postes ao final da tarde e me sentir aquecida, mesmo tendo meus lábios cianóticos. Estranho, mas delicioso. Romântico, mas doloroso. Não queria ter que ficar longe desse meu sol que me guia todos os dias.

Queria poder ter os braços enormes e abraçar dando a volta no meu sol quentinho.
Quero meu sol de volta.
E quero logo..

terça-feira, 1 de junho de 2010

Primeiro

É difícil pra mim ter que voltar com um blog. Minha última experiência com esse tipo de diário não deu lá muitos resultados positivos, em vista que as pessoas tendem a ficar assustadas quando alguém resolve por a cara a tapa dizendo absolutamente TUDO o que lhe vem a mente. E quando eu digo que é difícil ter que voltar é exatamente por isso. E sinto falta desse diário prático. Tem certas coisas que eu não consigo desabafar com ninguém em especial, mas quando eu digo assim.. "abertamente", as coisas fluem. E fluem muito melhor do que eu mesma imagino.

Não, não é a minha intenção colocar neste blog coisas que nem meu espelho saberia (mentira, ele sabe de tudo!). Eu quero apenas expôr o que eu acho que deveria expôr (?). Quero dizer o que me der vontade de dizer, mas sem prejudicar ninguém. (??) Ok, tô sendo péssima tentando explicar o inexplicável, mas é isso. Medirei mais a minha língua. Mais, mas não sempre!

Beijo beijo.